Selic a 12,25%? Por que XP e Goldman Sachs apostam em alta de 1 p.p. nos juros nesta quarta-feira
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- 10 de dez. de 2024
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Parte do mercado aposta em alta de 0,75 p.p., mas XP e Goldman projetam movimento mais agressivo do BC

A próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para esta quarta-feira, às 18h30, traz expectativas de mais uma elevação da Selic e, possivelmente, uma aceleração no ritmo de aperto monetário.
Enquanto a maioria das projeções no Boletim Focus desta semana indica um aumento de 0,75 ponto percentual (p.p.), alguns analistas acreditam que o BC pode optar por um ajuste maior após a divulgação do IPCA de novembro nesta terça-feira (10).
XP defende alta de 1 p.p.Antes mesmo do dado inflacionário, a XP já argumentava que o agravamento das expectativas de inflação desde a última reunião do Copom justificava uma elevação de 1 ponto percentual. Com o IPCA reforçando pressões em serviços e alimentos, a corretora intensificou sua aposta.
“A conjuntura parece suficientemente aguda para que o Copom opte por um movimento mais intenso, pelo menos em dezembro. A nosso ver, uma elevação de 1,00 p.p. na Selic ajudaria a estabilizar os preços dos ativos financeiros – especialmente a taxa de câmbio – e demonstraria um compromisso claro com a inflação baixa”, afirmou a equipe de economia da XP.
Os analistas da corretora também esperam que o comunicado pós-reunião reforce a necessidade de uma política fiscal crível, mencionando a importância do avanço nas medidas recentemente apresentadas. Além disso, sugerem que o BC deve manter o tom cauteloso, mas sinalizar que o atual ritmo de alta já é suficientemente agressivo para evitar especulações de aumentos ainda maiores em janeiro.
Goldman Sachs compartilha visão de alta mais expressivaO Goldman Sachs também aposta em uma elevação de 1 p.p., apontando fatores como o crescimento acima da tendência, o mercado de trabalho aquecido, o aumento dos preços de serviços e a piora das expectativas inflacionárias.
“Ainda consideramos uma probabilidade razoável (40%) de que o Banco Central opte por um aumento de ‘apenas’ 75 pontos-base. No entanto, dada a precificação atual do mercado, essa decisão poderia ser vista como dovish e uma oportunidade perdida de agir preventivamente”, analisou o Goldman Sachs.
O mercado acompanhará de perto a decisão e o comunicado do BC, que deverão fornecer sinais importantes sobre o ritmo e a magnitude dos próximos passos na política monetária.
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